O Expo eVTOL, principal feira da América Latina sobre o mercado de Carros Voadores, contou com participação das principais empresas do ecossistema, como as fabricantes, como a chinesa eHang e as brasileiras Vertical Connect e Moya, além de operadores, como a GOL e a Azul. Com o fim dos fóruns, o cenário é de otimismo. “É uma contagem regressiva. Em um tempo bem curto, no máximo de dois anos, devemos ter essas aeronaves voando bem, inclusive no Brasil”, afirmou Gustavo Ribeiro, diretor do Voo Limpo e Moderador dos fóruns. Os depoimentos dos participantes corroboram com isso. Para se ter uma ideia, Tiago Costa, Líder de Aeronáutica da Eve Air Mobility, braço da Embraer, afirmou que o eVTOL da Eve vai voar ainda neste ano. Com isso, todo o ecossistema dos carros voadores brasileiros está se movimentando. As operadoras GOL e Azul declararam que o foco inicial serão os voos intrarregionais, a partir de 150km, mas o grande desafio, ainda, são o vertiportos que devem demorar até 2 anos para serem construídos. Segundo Camilo Oliveira, relações Institucionais da Azul, “há uma lacuna de voos para 100km e 400 km, e é exatamente neste nicho que queremos atuar. Os eVTOLs tem potencial de cobrir 80% dos voos realizados hoje com helicópteros. A expectativa é reduzir o tempo de viagens como, por exemplo, entre São Paulo e Riviera”. Para Sergio Quito, Presidente do Conselho de Segurança e Operações de Voo da Gol “O grande desafio é a infraestrutura já que os helipontos não são suficientes para a operação dos eVTOLS. Temos um grande caminho a percorrer, mas acreditamos que até 2027, o VX4, a aeronave elétrica de pouso e decolagem vertical (eVTOL) da Vertical Aerospace, já esteja em operação”. “Além disso, o nosso objetivo é ser inclusivo, por isso, devemos ter uma aeronave para até 6 passageiros reduzindo o preço e aumentado a capacidade, até 2032, conclui.” Segundo levantamento da AVANTTO, São Paulo e Rio de Janeiro sozinhos representam um mercado de eVTOL de aproximadamente 10 mil unidades, com receita potencial de U$ 7,3 bilhões até 2040. “São Paulo possui um grande potencial de rota para eVTOLs entre aeroportos e centro financeiro. Uma viagem de 30km deverá custar US$100,00 (dólares) por passageiro, com redução gradual com o avanço da tecnologia e aumento da demanda, sendo tão acessível quanto uma viagem de taxi ou aplicativo”, afirma Rogerio Andrade, CEO da AVANTTO. Para acompanhar isso, o setor está se movimentando para preparar uma mão de obra capacitada, com pilotos, engenheiros etc, uma vez que o tempo é curto. A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) abriu a Consulta Setorial n° 03/2024 com a proposta regulatória para emissão de licenças e habilitações para aeronaves eVTOL. O documento apresenta a visão atual da Agência sobre como os primeiros pilotos dessas novas aeronaves poderão ser habilitados. Sobre a MundoGEO A MundoGEO tem o propósito de disseminar conhecimento para mais de 200 mil profissionais, estimular a inovação e fomentar novos negócios nos setores espacial, drones, geotecnologias, robótica móvel autônoma e eVTOLs, publicando conteúdos no portal MundoGEO, nas redes sociais e realizando eventos (online e presenciais), como DroneShow Robotics, MundoGEO Connect, SpaceBR Show e Expo eVTOL. Mais informações em: www.mundogeo.com. Sobre a Italian Exhibition Group A Italian Exhibition Group (IEG), listada na Bolsa de Milão, vem se consolidando como líder na organização de feiras de negócios e congressos na Itália, e é um dos principais players europeus do setor. É conhecida por sua atuação em vários setores com destaque para Ambiente & Tecnologia. Nos últimos anos, começou a expandir as operações para além da Europa, chegando aos Estados Unidos, Emirados Árabes e China. Mais informações em: www.iegexpo.it/. |