Por Paulo Góis
No início dos anos 1990, atuei como adido cultural em um programa de intercâmbio norte-americano promovido pela ONG Amigos de las Américas. Durante quatro anos, trabalhei com estudantes universitários dos Estados Unidos no semiárido nordestino.
Dessa experiência, resultaram uma compreensão mais profunda do modo de vida americano e o fortalecimento do meu apreço pelas raízes do Brasil profundo. Ao longo da trajetória, fiz grandes amizades — muitos dos quais, hoje doutores, ainda mantêm contato comigo.
Nesse contexto, minha vivência internacional passou a influenciar diretamente minha atuação como jornalista: ao escrever sobre o Brasil, recorro com frequência a fontes e perspectivas internacionais, que muitas vezes oferecem um olhar mais amplo e comparativo sobre nossa realidade.
Essa convivência intercultural ampliou não apenas meu repertório profissional, mas também minha sensibilidade para as múltiplas realidades que coexistem no Brasil. Ao cruzar olhares estrangeiros com vivências locais, aprendi a valorizar os detalhes que muitas vezes passam despercebidos.
Essa habilidade, desenvolvida no campo e consolidada na redação, continua sendo um dos pilares do meu trabalho: contar histórias com profundidade, empatia e perspectiva global, sem perder de vista a alma brasileira.
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